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Qual é o seu número?

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Por Carlos Magno Gibrail

Há pessoas que se interessam pela moda, e a seguem. Outras nem tanto. Mas, a grande maioria se importa com o tamanho adequado ao seu corpo e ao seu modo de ser. Modelagem de acordo com a tendência, modelagem em função do estilo independente da moda, modelagem para exibir o corpo, são preferências que ainda exigem parte do ritual da época das costureiras e alfaiates. Provar as roupas.

 

A roupa feita, ou o “pronto para vestir” (prêt-à-porter) não conseguiu manter a etiqueta de tamanho como a indicação necessária e suficiente para representar as dimensões do produto. A fragmentação do setor de confecção, com milhares de produtores e marcas, a competição, e a diversidade de tipos físicos tornaram o padrão de medida tão necessário quanto complexo determiná-lo.

 

Esta semana o SENAI-CETIQT se apresentou na mídia com um projeto de levantar 10000 amostras de pessoas escaneadas em 100 pontos de medida computadorizada e mais 21com fita métrica. Ressaltando que estas medidas estão sendo realizadas por região geográfica.

 

Uma novidade, pois apresentada como ação para finalmente estabelecer um padrão de tamanhos brasileiros, não traduz toda a verdade histórica.

 

O fato é que a ABRAVEST em 1987, presidida por Roberto Chadad, através do CB17 Comitê Brasileiro do Setor Têxtil iniciou os estudos para a determinação de um padrão de medidas.

 

Procuramos então Chadad, que ainda hoje preside a ABRAVEST , e nos informou que já existe o padrão para a moda masculina, estabelecida na resolução ABNT 16060 em vigor a partir de 9/5/2012 com determinação da obrigatoriedade em seis anos, ou seja, 9/5/2018, cuja fiscalização será feita pelo IPEM. Dentro de um ano sairá a regulamentação para o setor feminino, mesmo com o Sindicato patronal de confecção feminina sendo contrário.

 

Roberto Chadad acredita que o estudo do pessoal do CETIQT deverá apenas auxiliar na validação da norma do CB17, embora os critérios sejam bem diferentes e sem o poder de normatizar.

 

O CB17 começou com os levantamentos e estudos dos componentes de toda a cadeia têxtil. Principalmente com estilistas, modelistas, confeccionistas e varejistas. Os dados de cada componente do setor foram trazidos e analisados em 12 reuniões técnicas. A primeira informação é a altura, a seguir ombro, manga, cintura, comprimento entre perna, comprimento lateral e diagrama do esqueleto apresentando graficamente estas medidas, que serão mostradas em todas as etiquetas no varejo. Esta configuração está segmentada para três tipos físicos. Especiais, normais e esportistas.

 

Chadad lembra ainda que a amostra do CB17 é imensamente maior, pois envolve o resultado de grande quantidade de empresas fornecedoras, com total pluralidade de perfis.

 

O padrão de medidas certamente beneficiará a grande maioria do mercado de moda, que desde já adverte: não crie confusão siga o padrão.

 

Carlos Magno Gibrail é mestre em Administração, Organização e Recursos Humanos. Escreve no Blog do Mílton Jung, às quartas-feiras.


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